A bola da vez no consumo de conteúdo digital é o Streaming. A tecnologia veio como uma verdadeira revolução na TV. Paralelamente à novidade, o VOD renasceu. O ápice do video on demand ocorreu no meio da década dos anos 2000, e agora voltou com uma estrutura digital. Assistir TV nunca mais será a mesma coisa.
Antes de falar da revolução do Streaming, vale destacar que VOD e Streaming são tecnologias diferentes:
Streaming é transferência de dados e envio de informações de servidores para usuários. Já o VOD é um tipo de Streaming, mas nem todo Streaming é VOD. As lives são um tipo de Streaming, mas não são VOD, porque transmissões ao vivo não se configuram como vídeo sob demanda.
Feita a diferenciação, vamos falar um pouco sobre a revolução do Streaming e do renascimento do VOD.
OTT em alta
OTT ou over-the-top é a forma de distribuir conteúdos pela internet. Não há necessidade de um serviço de telecomunicações, radiodifusão, TV a cabo/satélite ou TV por IP. As plataformas de Streaming de música e vídeo são bons exemplos, assim como uma chamada de vídeo pelo WhatsApp. Esse mercado está em alta, estimado para movimentar US$ 62 bilhões em 2020. É um crescimento de 17,2% em comparação a 2015.
O desenvolvimento da tecnologia pode ser retratada em um smartphone, por exemplo. Imagine: um único usuário possui WhatsApp ou Telegram, Spotify ou Deezer, Netflix ou Amazon Prime. Vários canais de conteúdos digitais, streaming e VOD. E esse crescimento não teria acontecido sem a revolução do Streaming.
A revolução do Streaming
A transmissão instantânea de dados de áudio e vídeo por meio de internet ou rede local está na boca do povo. O formato se consolida no mercado global de conteúdo e está cada vez mais popular. Quando se fala de distribuição de conteúdo digital, diz-se que o Streaming é o futuro. E existem motivos plausíveis para isso.
A primeira razão é técnica: a evolução da internet banda larga no Brasil, com a consequente redução de custos. Isso afetou a sociedade de forma completa, com a solidificação do ensino a distância, por exemplo.
Os outros motivos para a popularização do Streaming são a liberdade e a autonomia do consumidor. O usuário tem acesso instantâneo a um acervo que nunca teve antes. Basta uma assinatura que, na visão de milhões de pessoas, possui ótimo custo-benefício.
E toda essa revolução ainda combate a pirataria, porque não é preciso fazer download do conteúdo. Em outras palavras, cada um de nós pode criar a própria “TV”.
Antigamente, o telespectador estava sujeito à programação das emissoras. Com o aparecimento do videocassete e do videotape, passou a ter algum controle sobre o conteúdo da TV. Era possível, inclusive, gravar programas para serem assistidos em outro horário, sem intervalos comerciais. Esse hábito foi se adaptando ao longo do tempo e pessoas de todas as faixas etárias prezam pelo consumo de vídeos sob demanda.
Uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet (CGI) apontou um crescimento significativo no consumo de áudio e vídeo via streaming. Em 2014, 58% dos entrevistados tinham esse hábito em 2014. Em 2017, já eram 71%.
Diante desse cenário, o Streaming é visto como um dos principais modelos de distribuição de conteúdo. Produtoras do mundo inteiro já cresceram os olhos para seu alcance e retorno sobre o investimento. E, quando isso acontece, a tecnologia de VOD também se expande.
A mobilidade como motor
Uma das propulsoras da revolução do Streaming é a mobilidade. A televisão é um eletrodoméstico ligado à passividade. Basta “ligar e deixar ligada”. O conteúdo é ou não consumido. Mas os dispositivos móveis fazem parte do grupo de “tela ativa”. O usuário realiza uma ação de consumir o conteúdo. Com a vantagem de que basta uma conexão à internet para que o acesse de qualquer lugar.
O pequeno tamanho da tela e os problemas de velocidade de conexão não impediram sua expansão. O consumo de vídeos em dispositivos móveis cresceu bastante, mesmo em ambiente doméstico. Um dos fatores é a necessidade de consumir um conteúdo de forma individual, segmentado para o gosto de cada um.
Além disso, o dispositivo móvel é o melhor no quesito interação, pois está sempre conectado e ao alcance das mãos.
O renascimento do VOD
O renascimento do VOD vem de um lugar interessante. O principal serviço, a Netflix, surgiu como um site de aluguel de fitas VHS. O consumidor pagava uma taxa mensal fixa para assistir o que quisesse por tempo indeterminado, recebendo as fitas em casa pelo serviço de correios. O serviço, além de barato, atendeu ao velho hábito da comodidade de assistir um conteúdo sob demanda.
E, assim, a plataforma se desenvolveu e abriu seu capital na Bolsa em 2002.
Entre 2014 e 2018, o consumo de vídeos online cresceu 135%. YouTube, Globoplay, Netflix e outras plataformas de streaming de vídeo não param de crescer. É o renascimento do VOD, ou vídeo on demand.
Inúmeras séries sem sucesso na TV são massivamente assistidas nas plataformas. O consumo crescente fez com que ocorresse um boom na produção e distribuição de conteúdo audiovisual. Esse boom visa atingir ao maior público possível. Por isso, as produções trazem muita flexibilidade em linguagem e temática. É a forma de criar nichos, audiência cativa e legião de fãs.
Em outras palavras, quanto mais conteúdo, maior a chance de consumo. É uma bola de neve.
Atualmente, são três modelos de VOD: SVOD (VOD de assinatura, como Netflix), TVOD (pay-per-view) e AVOD (modelo gratuito, comum em campanhas de marketing). Seja qual for a escolha do usuário, a premissa de acessar conteúdos digitais quando quiser continua.
O renascimento do VOD foi puxado pela revolução do Streaming. Cada dia mais solidificado, é um serviço que pode ser agregado ao portfólio de seu ISP. Ao ofertar mais valor ao cliente, o provedor de internet atende às expectativas dos consumidores e se mantém competitivo no mercado. Sem dúvidas, é um serviço que estará em alta por muitos anos.
Nos dias atuais, quem não fornece conteúdos digitais está ficando para trás. E a implementação do VOD não é uma tarefa difícil. Tudo que você precisa é de uma plataforma parceira com soluções inteligentes.